(1Pe 2.15)
' É da vontade de Deus que, praticando o bem, vocês silenciem a ignorância dos insensatos '
Desde pequeno sempre gostei de assistir aos noticiários na televisão. Gostava de me manter informado, de saber o que estava acontecendo e, do meu modo, entendia o porquê de meu pai e outros adultos falarem mal do governo e da situação do país.
Cresci ouvindo tais comentários, não importando quem governava e, em alguns casos, a que país se referiam. Tanto é que não só os brasileiros reclamavam e reclamam.
O texto de Miquéias (Mq 7.1-7); me surpreende pela sua atualidade. Embora trate da situação de Israel em sua época, podemos, infelizmente, enxergar muito do Brasil nessa descrição; governantes que exigem privilégios e subornos, pessoas que só pensam em fazer o mal aos outros e o bem a si próprias. Olhamos para toda esta situação e temos a impressão de que não há nada a fazer, parece que nossa ação terá efeito quase nulo diante das coisas horríveis que continuamos a ver e a ouvir nos telejornais todos os dias. Mas creio que podemos tomar duas atitudes : Primeiro, podemos clamar a Deus, humilhar-nos diante dele e pedir perdão pelas vezes em que, numa escala provavelmente muito menor, caímos em erros semelhantes como por exemplo, errando ao não dar a devida atenção aos pobres e necessitados, ou quando temos amizades por interesse na vantagem que o outro pode nos trazer, etc.
Segundo, podemos proclamar a Deus. A vida de Jesus em nós deverá produzir frutos que reflitam nossa decisão por ele. Pedro diz que nossa prática do bem silenciará os ignorantes. Os corruptos e os injustos sempre exisirão. Mas, ao contrário do que descreve a palavra do Senhor também em Miquéias (Mq 7.2), os piedosos precisam levantar-se, clamar e proclamar. É nossa atitude consciente que fará com que o Brasil se torne cada vez mais uma nação justa no meio de um mundo injusto.
Daniela Araújo